quarta-feira, 20 de maio de 2009

acordo com gostos cinzas no corpo

uma febre descortina meus olhos

penso em líquidos viscosos

repenso

repenso repetidamente

repenso

re-sinto
sinto
sinto te

ao meu lado na cama entre os lençóis
me olhando com olhos fechados

e sorrindo de boca fechada
quando te toco
ainda dormindo

despertamos


***

não tenho mais nenhuma certeza

desaprendi com as viagens
que os horizontes
são linhas

desaprendi
os pontos de fuga

não tenho mais certezas
será que também
nem tenho mais
essa
a de não ter mais certezas

???

5 comentários:

  1. Olá, Cadu!!
    Belas palavras.Resolvi seguir se blog.
    Tenha um ótimo final de semana.

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  2. Passei pra conhecer seu espaço.
    Delicia de versos...
    me faz refletir nessa noite fria
    de sexta aqui em Pasargada..
    "não tenho mais nenhuma certeza
    desaprendi com as viagens
    que os horizontes
    são linhas
    desaprendi
    os pontos de fuga""

    Vai ser um encanto se passar la no meu blog.
    Bjins entre sonhos e delírios

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  3. não ter certezas é uma beleza! nada como desaprender sempre e aprender de novo e diferente.

    né senhor poeta?

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  4. não ter certezas é uma beleza! nada como desaprender sempre e aprender de novo e diferente.

    né senhor poeta?

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